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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Chacina de Unaí completa 10 anos, e ato em frente ao STF pede justiça

Quatro servidores do Ministério do Trabalho foram mortos em emboscada.
Três indiciados foram condenados até agora; pena soma 226 anos.

"O que as famílias, o que os auditores e o que o país quer é agilidade deste julgamento, a fim de que se conclua o ciclo que é a punição dos responsáveis. O pior de tudo é a morosidade, isto implica na impunidade"
Manoel Dias, ministro do Trabalho
 
Em lembrança aos dez anos da Chacina de Unaí, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho realiza na manhã desta terça-feira (28) um protesto pedindo o julgamento e a condenação de todos os envolvidos no crime. Dos nove indiciados, três foram julgados e condenados até agora e outro morreu.
O crime aconteceu em janeiro de 2004. Quatro funcionários do Ministério do Trabalho – três auditores fiscais, Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage, Eratóstenes de Almeida Gonsalves, e o motorista Aílton Pereira de Oliveira – foram mortos em uma emboscada quando investigavam uma denúncia de trabalho escravo em fazendas da região de Unaí.
"Em memória daqueles quatro servidores assassinados, estamos aqui pedindo que o julgamento dos mandantes da chacina sejam julgados brevemente e em Belo Horizonte. Não entendemos esta manobra de suspender o que já estava previsto. A protelação, para nós, chama-se injustiça", disse o presidente do sindicato, Valdinei Arruda. "Infelizmente a justiça permite que isso aconteça. Já são dez anos do crime."

Auditores fiscais levaram balões para protesto em frente ao STF, em lembrança aos dez anos da Chacina de Unaí (Foto: Lucas Salomão/G1) 
 O Ministro do Trabalho, Manoel Dias, criticou a lentidão na conclusão do caso. "O que as famílias, o que os auditores e o que o país quer é agilidade deste julgamento, a fim de que se conclua o ciclo que é a punição dos responsáveis. O pior de tudo é a morosidade, isto implica na impunidade."

Julgamento
O primeiro julgamento da Chacina de Unaí durou quatro dias e terminou com a condenação dos três réus. Rogério Alan Rocha Rios pegou 94 anos de prisão; Erinaldo de Vasconcelos Silva, 76 anos e 20 dias; e William Gomes de Miranda, 56 anos. Ao todo, as penas somam 226 anos. Inicialmente, o trio, que já estava preso, vai cumprir pena em regime fechado.
Os irmãos Antério e Norberto Mânica, fazendeiros na região de Unaí, são acusados de ser os mandantes das mortes dos auditores fiscais Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonsalves, e do motorista do Ministério do Trabalho Aílton Pereira de Oliveira, em janeiro de 2004. Os servidores investigavam uma denúncia de trabalho escravo quando foram assassinados em uma emboscada.

Manifestantes soltam balões em frente ao Supremo nesta terça (28) em ato que lembra os dez anos da chacina de Unaí (Foto: Lucas Salomão/G1)     
 Um dos acusados, Francisco Elder Pinheiro, que teria contratado os matadores, morreu no dia 7 de janeiro. Com isso, o processo passou a ter oito réus. No dia 17 de setembro, devem ir a júri os acusados de ser mandante e intermediários, respectivamente: Norberto Mânica, Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Carvalho. O julgamento de Antério Mânica ainda não tem data marcada.

Fonte: http://g1.globo.com


 

 

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