Atualmente, entre 90 mil e 100 mil pessoas passam por diálise no país.
Com o tema “1 em 10. O Rim envelhece, assim como nós!”. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia aproximadamente 70% dos pacientes que começam a fazer hemodiálise não sabem que eram renais crônicos.
“Lamentavelmente, os sintomas só aparecem nos estágios mais avançados
da doença renal crônica, quando já foi perdida de 70 a 75% da função
renal”, ressalta o nefrologista do Hospital Nossa Senhora das Graças,
Rogério Mulinari.
A doença renal crônica (DRC) envolve a perda progressiva das ações de
filtração e de secreção hormonal, prejudicando tanto a eliminação
quanto a conservação dos componentes do sangue. “O aumento das doenças
crônicas, como o diabetes e a hipertensão, faz com que tenha um
acréscimo no número de pacientes com problemas nos rins', enfatiza o
médico.
De acordo com os dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) o
número de doentes renais no Brasil dobrou na última década. Estima-se
que 10 milhões de brasileiros sofram de alguma disfunção renal.
Atualmente, entre 90 mil e 100 mil pessoas passam por diálise no país. A
SBN também faz um alerta sobre os 70% dos pacientes que iniciam a
diálise apenas quando descobrem a doença.
“Os profissionais de saúde devem ter uma atenção especial com os
pacientes de risco, ou seja, hipertensos, diabéticos, com idade
avançada, com doença renal crônica na família, exposição a drogas como
antiinflamatórios não esteróides, analgésicos, contrastes injetáveis
para radiologia e cocaína”, destaca o nefrologista.
Entre os sintomas mais comuns da doença estão: fraqueza, perda do
apetite, sonolência, inchaço, falta de ar, alteração do padrão do sono,
náuseas, vômitos, maior diurese durante a noite, redução da diurese,
escurecimento persistente da coloração da urina, da elevação da pressão
arterial.
Prevenção e tratamentos - A melhor prevenção, segundo o Dr. Mulinari é
controlar a hipertensão e o diabetes. “Também é necessário modificar os
hábitos de vida: reduzir o excesso de peso, sal e gorduras, praticar
atividade fisica regularmente e controlar o excesso de proteína da
dieta”, destaca o especialista e acrescenta.
“Avaliar a creatinina sérica e o exame parcial de urina também são
medidas úteis na detecção precoce das doenças renais”. Embora não tenha
cura, é possível tratar a doença. Entre os procedimentos estão o
conservador de função renal e a substituição renal. Segundo o
nefrologista, o tratamento conservador nas fases iniciais se concentram
na doença de base, principalmente hipertensão e diabete.
“Também nos preocupamos com a redução de substâncias na dieta que
gerem toxinas, como excesso de proteínas ou distúrbios de composição,
como excesso de água, potássio ou sódio”, destaca. Porém, nos estágios
mais avançados é necessário corrigir a anemia, a retenção de água e sal,
o excesso de ácido, o excesso de fósforo e a falta de cálcio. Já a
substituição renal é realizado com tratamento dialítico, como
hemodiálise e diálise peritoneal, ou com transplante renal, tanto de
doador vivo ou doador cadáver.
“Tanto o tratamento conservador quanto o substitutivo exigem
acompanhamento contínuo e controle clínico durante toda a vida. Já o
transplante renal pode corrigir todas as alterações da doença renal
crônica, mas exige igualmente acompanhamento do uso das drogas
imussupressoras e vasoativas que evitam ou retardam a rejeição do novo
rim”, explica o médico.
Fonte: bemparana.com.br
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